Qualidade do ar em ambientes de produção de alimentos

4 de junho de 2020

Hoje em dia, um assunto que causa muito impacto nas indústrias de alimentos é a manutenção do ar nos ambientes de produção de alimentos. Caso a qualidade do ar não seja controlada, pode causar inúmeros problemas relacionados a contaminação de superfícies e produtos, principalmente a partir de materiais particulados e micro-organismos.
Durante o outono o ar fica mais seco, exigindo ainda maior atenção para a realização das manutenções do sistema, para que o padrão de qualidade do ar fique dentro do estabelecido pela legislação.

As exigências do mercado mundial está fazendo com que tenhamos cada vez mais legislações que regem o assunto hoje temos como orientação a Resolução – RE/ANVISA nº 9, de 16 de janeiro de 2003 que define Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo. Ou de acordo com a APHA (Organização Pan Americana Pública.
Para atender os padrões existentes é necessário que o setor de manutenção esteja alinhado com as necessidades solicitadas é um grande desafio, pois demanda investimentos constantes. Como exemplo podemos citar programas de manutenção preventiva e corretiva onde deve constar todos as necessidades para que se cumpra, caso não exista a manutenção preventiva e corretiva poderá ter prejuízos ou até mesmo perda de clientes pois os problemas gerados podem ser de grande impacto.

A conformidade dos resultados deve ser avaliada pela área de Controle de Qualidade e compartilhada com a equipe de manutenção, para que o resultado seja acompanhado por todos os envolvidos, auxiliando no direcionamento de ações para tratar eventuais desvios.
Caso não se consiga ter um controle desse ar interno na indústria, os prejuízos podem ser enormes, tanto para a saúde dos colaboradores, quanto para os produtos que são manipulados no processo.
Como indicação das principais rotinas a serem cumpridas, vale citar a limpeza e a troca dos filtros, com atenção às especificações técnicas definidas pelo fabricante do material, para que as práticas sejam eficientes.
A necessidade da existência de um especialista é muito importante, deve ser acompanhado de perto, toda a rotina, pois um minuto de desatenção pode causar problemas enormes. Contaminação dos produtos por microrganismos e consequentemente prejuízo para as indústrias.
Como exemplo de tipo de análises que podem ser realizadas, temos tipo sedimentação ou sucção do ar.
Recomenda-se que sejam adotadas para fins de avaliação e controle do ar ambiental interior dos ambientes climatizados de uso coletivo, as seguintes Normas Técnicas 001, 002, 003 e 004. Na elaboração de relatórios técnicos sobre qualidade do ar interior, é recomendada a NBR10.719 da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Os valores para os parâmetros físicos de temperatura, umidade, velocidade, taxa de renovação do ar e grau de pureza do ar, deverão estar de acordo com a NBR 6401 – Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto – Parâmetros Básicos de Projeto da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Os padrões referenciais adotados complementam as medidas básicas definidas na Portaria GM/MS n.º 3.523/98, de 28 de agosto de 1998, para efeito de reconhecimento, avaliação e controle da Qualidade do Ar Interior nos ambientes climatizados.
Acho que vale olhar para dentro do processo com atenção e observar se todos os requisitos estão sendo cumpridos de acordo com a legislação.

Deixo aberto aqui para comentários a respeito e vamos em frente!

Michele Silva Rezende

Michele Silva Rezende

Bacharel em Engenharia de Alimentos pelo Universidade de Marília (2003). Especialista em Gestão da Qualidade dos Alimentos em Indústria e Serviços pelo Universidade São Judas Tadeu (2009) e Especialista de Segurança dos Alimentos SGS Academy (2019). Possui experiência na área de industrial com ênfase em Qualidade e Segurança dos Alimentos.